quinta-feira, 7 de maio de 2009

Laboratório!!!

Depois de uma dose semanal de auto conhecimento a realidade é cada vez mais gritante.
O luscofusco da tarde bateu nas lentes que protegiam meus olhos. Os óculos, aquela armadura da qual já falei, sei que filtram os raios maus do sol que brilha.
Mas tem a luz que me cega na serenidade (paradoxalmente) colérica da minha caminhada. A luz brilha forte nos fios loiros que restam das luzes, são rastros de uma luz que a cabeça insiste em recusar.
A cegueira é apenas momentânea, eu já sei que passageira, mas a sensação é no mínimo, estranha. A energia é impar, um misto de medo de pisar em falso e de liberdade de sorrir.
Os pensamentos se cruzam como lanças afiadas num balé iterminável. Um espetáculo frondoso, quase dantesco, com ou sem final, sempre inesperado.
As laminas se batem, se quebram e já não é capaz de cortar, de ferir. Não redime. Não sangra.
O que agora salta em linhas combinadas (atordoadas) antes era apenas um amontoado de palavras e vontades espaçadas entre problemas e soluções. A luz e o calor desse sol colaram tudo.
Se quero tudo literal, e que se, apesar de entender as entrelinhas eu ainda exijo a literalidade é porque eu não as amo (as entrelinhas).
Eu assumo... nunca soube aceitar! A não ser na poesia!
Conversar em prosa é outra coisa!

2 comentários:

Anônimo disse...

que lindo amiga!
O mais intrigante é que captei (acho) o seu sentimento ao escrever esse post! Tisca

Flor que Fala disse...

A maioria das vezes você entende literalmente o que eu digo!!!
Mais que eu em algumas...
Mais que amizade... Muita sintonia!
Beijos mais que gordos dos sentimentos mais felizes!