Da macieira nascem maçãs.
Da bananeira nascem bananas às pencas.
Da canguru nascem (adivinha?) canguruzinhos.
De cada semente uma planta, de cada receita uma janta.
Antes de nascer já se sabe o que vem, antes de brotar já se adivinha no que vai dar.
Não tem surpresa, não tem mistério, não tem desculpa.
A cadelinha não pare porco, nem a vaca vai parir galinha.
Mas com gente é complicado, com gente não é bem assim.
Por isso eu te olho tonto e te entendo pouco quando você pergunta o que eu vou ser quando crescer.
E eu vou saber? Ninguém veio me dizer o que eu vou ser quando crescer. Não sei se vou ser o cozinheiro ou o prato, a face ou o tapa, o que afasta ou o que abraça.
Não sei se já tive minha quota, não sei se o melhor está por vir, se é só o começo ou se é quase o fim.
Não sei dizer o que você quer saber, o que vou fazer, que bicho vai dar. Hoje mesmo, nessa exata hora, não faço idéia do que vou ser quando crescer. Não tenho a menor pista de como isso tudo vai acabar.
Maurilo Andréas
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Marianne Moraes
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